quinta-feira, 23 de abril de 2015

FESTA DE JORGE

 












    Eles foram à festa de manhã cedo. Sim, os fieis devotos do santo guerreiro. Marias, Josés, Antônios, Jucas, Sheilas, Claras, Marluces  e muitos outros cariocas e fluminenses que tiveram a força de se deslocar de casa até a paróquias onde se encontram as igrejas de São Jorge. Venerar era a palavra do dia.
    Como faço sempre, passei pela região da Central do Brasil, bem ali  do outro lado da Av. Presidente Vargas e me deparei com uma pequena multidão de devotos em fila, andando lentamente rumo à igreja de São Jorge que fica bem ao lado do Campo de Santana, hoje Praça da República, mas que na fala do povo, continua com a denominação antiga. As cores da festividade eram o vermelho e o preto. Tinha gente bem vestida, estilo social, outros em trajes mais casuais, desde que as duas cores prevalecessem, estava valendo.
     Houve uma animação no meio da rua, promovida pelos integrantes de grupos de capoeira que tem sedes na redondeza. A roda de espectadores era grande e fazia  com que o círculo de pessoas que queria assistir a apresentação de capoeiristas se espremesse para ver a capoeira rolando. Até que alguém gritou: -Abre a  roda, gente! Eu estava por ali tirando fotos, registrando tudo e observando a atmosfera do local. 
    Vi um cidadão ser multado por jogar lixo na rua. Lixo? Bem, pedacinho de papel. Um amigo do cidadão multado manifestou sua indignação pela maneira como essa medida "socioeducativa" da Prefeitura do Rio vem sendo levada a cabo de maneira pontual e bem pouco educativa. Educação cidadã acontece em escolas, não é punindo um ou outro que se vai deixar de ter lixi jogado no chão de uma das mais sujas cidades do País. Essa política de punir quem suja o chão da cidade já vale para o Centro e Zona Sul e partes da Zona Norte, como Méier.  Mas isso não  tirou o ânimo do povo que se espremeu para ver a imagem do santo guerreiro que também é padroeiro da Cidade Maravilhosa.

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